segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

Nova Lei de Segurança, Prevenção e Proteção contra Incêndios

Projeto de Lei Complementar nº 155 /2013

Estabelece normas sobre Segurança, Prevenção e Proteção contra Incêndios nas edificações e áreas de risco de incêndio no Estado do Rio Grande do Sul e dá outras providências (Lei Complementar nº 155/2013).



sábado, 7 de dezembro de 2013

Fuzil AR-15 com impressora 3D


Americano faz fuzil AR-15 com impressora 3D e vende por US$ 452

O americano Gilman Louie utilizou uma impressora 3D Makerbot, que custa US$ 2 mil, para produzir um rifle AR-15 Gilman levou 24h para concluir a impressão. Atualmente, ele está produzindo a arma sob encomenda. Cada rifle custa US$ 452.
Louie gastou o equivalente a US$ 2 em plástico para imprimir o "corpo" da arma. Depois de imprimir, ele desembolsou entre US$ 400 a US$ 450 para completar a arma com partes que ele comprou na Amazon.com. Louie testou a arma disparando mais de 50 vezes.
As informações são do New York Post

Lei para banir armas feitas por impressoras 3D
O Congresso americano debate a renovação de um ato que proíbe o uso de armas de materiais indetectáveis, como as pistolas de plástico feitas a partir de impressoras 3D. O ato expira no próximo dia 9 de dezembro e os políticos americanos querem que o regulamento passe a valer por mais 10 anos.
Vídeo: http://tinyurl.com/lvf747v

Reportagem (em inglês): http://tinyurl.com/kzj8qfa


terça-feira, 3 de dezembro de 2013

O robô-policial


Empresa dos EUA apresenta o K5, o robô-policial

A empresa Knightscope, localizada no Vale do Silício, nos EUA, desenvolveu um robô-policial. O robocop K5 possui câmera de vídeo, câmera de visão noturna, radar, sensores de qualidade do ar, bem como um microfone. A empresa acrescenta que o K5 também irá utilizar GPS, uma  e sistemas de detecção de radiação biológica e química.

O K5 é uma mistura do R2 -D2, robô famoso da Saga de Star Wars e o robô da série Perdidos no Espaço. Segundo a Knightscope, o objetivo do robocop é "aumentar os serviços de segurança privada nos campi corporativos, escolas, shoppings, hotéis e em grandes edifícios".
A Knightscope diz que K5 utiliza uma combinação de robôs autônomos e análise preditiva para fornecer uma imponente presença física, mas amigável durante a coleta de importantes dados em tempo real no local, com vários sensores.

Os dados coletados por meio desses sensores são processados através de um motor de análise preditiva que é combinado com  o conjunto de dados sociais e a partir disso, é atribuido um nível de alerta que determina quando a comunidade e as autoridades devem ser notificadas.



Vídeo: http://tinyurl.com/mncqd2z

Site da empresa: http://knightscope.com/


terça-feira, 22 de outubro de 2013

domingo, 23 de junho de 2013

Simulação de evacuação

Simulação de evacuação em boate pode ajudar a aprimorar legislação contra incêndio

Além do treinamento da equipe de brigadistas, gerar conhecimento para a área era um dos principais objetivos


Eram 2h de domingo quando a música parou de tocar nas três pistas da boate Santa Mônica, em Porto Alegre. A sirene soou, as luzes de emergência se acenderam e os baladeiros foram se dirigindo até a saída mais próxima.
Foram exatos três minutos e 26 segundos até que o último dos cerca de 500 frequentadores deixasse o prédio. Um aplauso geral tomou conta da área externa da casa noturna para coroar o sucesso da simulação de evacuação.
— Se fosse uma situação real, estariam todos salvos! — comemorou o dono da boate, Edson Dutra, antes de anunciar que dali em diante a festa continuaria com bebida liberada.
Era uma forma de agradecer a todos os que concordaram em participar do teste, mediante um termo de ciência assinado na entrada.
— Valeu como experiência pessoal para saber como agir numa situação dessas. Tinha alta galera para orientar a saída, acho que se fosse um caso real isso ajudaria bastante — destacou o estudante de Direito Vinícius Batistel, 19 anos.
A "alta galera" a que se referia Batistel era a equipe de 15 brigadistas de incêndio da casa, que vinham sendo treinados há dois meses para, entre outros procedimentos de segurança, saber orientar uma evacuação em caso de emergência.
— Esse exercício é um grande passo para responsabilizar os proprietários desses estabelecimentos a garantirem a segurança dos usuários, além de integrar todos os órgãos que devem preservar a integridade das pessoas em caso de sinistro — avaliou o capitão Eduardo Estevam Rodrigues, subchefe da Seção de Prevenção de Incêndio.
O secretário municipal de Indústria e Comércio da Capital, Humberto Goulart, que também acompanhou os trabalhos na madrugada, reconhece não ter notícia de articulação semelhante, pelo menos não com tanta tecnologia agregada.
— É um momento riquíssimo, pois permitirá coletar informações quase que de uma situação real, podendo até colaborar para o estudo da prevenção em outras casas noturnas — comentou o secretário.
Um dos elementos tecnológicos que chamou a atenção de Goulart na hora do teste foi a contagem de pessoas por meio de sistema de câmeras com infravermelho, o que permite monitorar com precisão a densidade de ocupação de cada ambiente da boate.
Previamente, a evacuação da Santa Mônica já havia sido simulada no software desenvolvido pela pesquisadora Soraia Musse, da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS). Em ambiente virtual, a evacuação foi ensaiada com lotação máxima: exatas 1.010 pessoas. O tempo foi de três minutos e 35 segundos, pouco mais do que o teste real, com metade do público.
— Além do fato de que, com menos gente, a velocidade de deslocamento é menor, o programa não considera o mobiliário e no real as pessoas não se colocam voluntariamente em situação de emergência — explicou a professora.
Somar conhecimentos, usando a tecnologia disponível e a experiência prática era o grande objetivo de toda a mobilização na balada. O arquiteto e engenheiro de segurança Paulo Dalle, autor do projeto de evacuação da Santa Mônica, deve fechar um relatório nos próximos 15 dias apontando êxitos, falhas e sugestões.
— Esse resultado poderá gerar subsídios de formação, por meio da publicação de artigos em revistas especializadas em engenharia de segurança, e até para aperfeiçoar a legislação — projeta.
Das observações trocadas entre pesquisadores, engenheiros e bombeiros ao fim do teste, uma constatação preliminar deve ser aprofundada: não há um tempo máximo de evacuação previsto para boates, como há para estádios de futebol no padrão Fifa, por exemplo. Com simulações virtuais e mais exercícios de abandono como o realizado na madrugada de domingo, poderia se chegar a esse tempo e aprimorar as exigências da lei para garantir mais segurança a quem sai para se divertir.

Fonte: ZH 23/06/2013

segunda-feira, 29 de abril de 2013

Venda de armas

29/04/2013 - 03h00

Venda de armas para EUA sobe 187,5% na gestão Lula

RUBENS VALENTE
DE BRASÍLIA
Os Estados Unidos, que discutem restrições ao comércio de armamentos, adquiriram 7,9 milhões de armas de fogo do Brasil nos últimos 40 anos, e 59% desse total foi exportado durante o governo Lula (2003-2010).

É o que indica um levantamento inédito do Comando do Exército obtido pela Folha por meio da Lei de Acesso à Informação, com o registro detalhado de vendedores e compradores de 9,9 milhões de revólveres, pistolas, carabinas e espingardas, entre outras armas, enviadas para fora do Brasil de 1971 a 2011.

Leia a matéria completa clicando na figura abaixo.


domingo, 28 de abril de 2013

sábado, 27 de abril de 2013

Tragédia vira documentário de TV

Produzido pelo canal de TV Discovery, o programa vai ao ar na noite deste sábado (27/04/2013).Tragédia vira documentário de TV Discovery/Divulgação

Hoje às 21h30min.

O maior desastre da história gaúcha será revelado em detalhes para mais de 13 milhões de lares de todo o Brasil, hoje à noite, por meio de um documentário produzido pelo canal de TV Discovery. Mesmo habituados a recontar tragédias, os responsáveis brasileiros e estrangeiros pelo programa revelam que os testemunhos colhidos sobre o incêndio da boate Kiss, em Santa Maria, comoveram a equipe de produção.

O especial foi realizado em tempo recorde a fim de ser exibido no dia em que se completam três meses desde a madrugada em que o destino das 241 vítimas foi selado.

Para reconstituir os eventos da noite em que o teto de espuma da casa noturna pegou fogo, o Discovery contratou a produtora Mixer, de São Paulo, uma semana após o incêndio. Essa rapidez é exceção ao período em que os documentários do canal costumam ser produzidos. Normalmente, recuperam eventos depois de passados meses ou anos. Foram dois meses e meio para concluir o trabalho, menos da metade do prazo normal.

A vice-presidente de Desenvolvimento e Produção da Discovery Networks na América Latina, a italiana radicada nos EUA Michela Giorelli, conta que a dramaticidade do caso gaúcho impressionou a todos e levou à mobilização quase imediata.
— Tomamos a decisão pelo impacto que a notícia teve em todo o mundo. O que mais me impactou foi a quantidade de jovens que morreram. Já fizemos vários programas sobre tragédias mas, nesse caso, eram muitos jovens começando a vida — revela Michela.

A executiva lembra que o canal também produziu um especial sobre o incêndio na boate argentina República Cromañón, que levou à morte 194 pessoas em 2004:
— Quando vi o que tinha acontecido em Santa Maria, pensei: “Que pena. É um outro Cromañón”. É o mesmo tipo de acidente, que envolve pouca prevenção e irresponsabilidade. Por isso, também procuramos dar voz aos especialistas e aumentar a consciência para esse tipo de problema.

Mas, enquanto o documentário Inferno em Cromañón veio cinco anos depois, o diretor da produção brasileira, Daniel Billio, 42 anos, entrevistou familiares ainda sob o impacto do desastre. O documentarista fluminense, morador de São Paulo há 20 anos, produziu em 2012 uma série de oito especiais sobre desastres aéreos para o Discovery. Ele afirma que a dor dos familiares se assemelha em ambos os casos, em que a morte ocorre de maneira repentina e em grande quantidade:
— Todo o processo foi muito doloroso, uma das missões mais difíceis da minha vida. Como sou documentarista, não jornalista, não costumo cobrir os fatos no calor dos acontecimentos. Nesse caso, me deu um nó na garganta durante as várias entrevistas com familiares — afirma Billio.

Fonte: http://tinyurl.com/cb3gmhu

terça-feira, 9 de abril de 2013

Sistemas de alarme contra incêndio em cozinhas.

A seleção do tipo e local de instalação dos detectores deve ser efetuada com base nas características mais prováveis da conseqüência imediata de um princípio de incêndio, além do julgamento técnico,  considerando-se os seguintes parâmetros:
  1. aumento de temperatura, 
  2. produção de fumaça ou produção de chama; 
  3. materiais a serem protegidos; 
  4. forma e altura do teto e a ventilação do ambiente, entre outras particularidades de cada instalação.
Com a finalidade de evitar alarmes falsos, em ambientes onde a geração de vapores e fumaças é comum, como é o caso das cozinhas, pode-se empregar os Detectores de Temperatura.

A área de ação a ser empregada para estes detectores é de 36 m² para uma altura máxima de instalação de 7 m. Os tipos mais utilizados são:
  1. Térmicos: instalados em ambientes onde a ultrapassagem de determinada temperatura indique seguramente um princípio de incêndio;
  2. Termovelocimétricos: instalados em ambientes onde a rapidez no aumento da temperatura indique inequivocamente um princípio de incêndio.
Visualmente estes dispositivos são muito semelhantes aos conhecidos detectores de fumaça. A figura a seguir apresenta um Detector Térmico Convencional.
 A próxima figura mostra um Detector Termovelocimétrico.

Nestes ambientes são também muito úteis os Acionadores Manuais, que são dispositivo destinados a transmitir a informação de um princípio de incêndio, quando acionado pelo elemento humano.

Fonte: NBR 9441

quarta-feira, 3 de abril de 2013

Prédio de 40 andares pega fogo na Rússia

Fogo atingiu um dos prédios mais altos da Chechênia na tarde desta quarta-feira em Grozny, na Rússia. Cerca de 30 pessoas foram evacuadas, mas nenhuma se feriu. Não havia ninguém morando no local, que ainda estava em construção. Ainda não se sabe a causa das chamas, que atingiram grande parte dos 40 andares do edifício. Mais de 100 bombeiros trabalharam na extinção das chamas.

domingo, 24 de março de 2013

Detectores de fumaça

A seleção e instalação de detectores de fumaça deve-se levar em consideração tanto a filosofia de concepção do detector, como os locais nos quais estes serão instalados, de forma a evitar operações indevidas ou falta de operação em casos necessários.

A área máxima de ação destes detectores é de 81 m², para instalação em tetos planos, ambientes sem
condicionamento de ar, com altura de instalação de até 8 m.


A área de ação de 81 m²  é considerada como um quadrado de 9 m de lado inscrito em um círculo cujo raio será igual a 0,7 vez o lado deste quadrado. Ou seja, um raio de 6,3 m. Assim, toda área quadrada que couber neste círculo, estará dentro da área de ação de um detector de fumaça instalado no seu centro.

Para proteção das áreas de formas retangulares, os retângulos correspondentes a estas áreas devem estar contidos neste mesmo círculo (ou seja, um círculo com raio igual a 6,3 m).
Fonte: NBR9441/1998

sábado, 16 de março de 2013

Projeto de Sistemas de Detecção e Alarme de Incêndio - I

O projeto de sistemas de detecção e alarme de incêndio (SDAI) deve ser elaborado à luz da NBR9441/1998, e  deve conter, obrigatoriamente:
  1. Localização de todos os equipamentos integrantes do sistema e detalhes genéricos de instalação destes, incluindo a segurança contra roubo.
  2. Especificações dos equipamentos a utilizar, características e aprovações nacionais.
  3. Trajeto dos condutores elétricos nas diferentes áreas, com identificação dos riscos envolvidos e suas proteções mecânicas e térmicas, inclusive dimensões dos condutos e caixas, quantidade dos bornes de ligação, identificações, etc.
  4. Características do material de instalação a ser empregado, suficientes para indicar a adequabilidade de sua utilização.
  5. Diagrama multifilar mostrando a interligação entre todos os equipamentos aplicáveis aos circuitos de detecção, alarme e auxiliar, e entre estes e a central. Este pode ser genérico ou, em casos de alterações do padrão normal específico, individual, para cada área supervisionada ou para cada circuito.
  6. Quadro-resumo da instalação, indicando:
    1. número de circuitos de detecção e sua respectiva área, local ou pavimento;
    2. quantidade e tipo de detectores ou acionadores manuais em cada circuito e área ou local em que estão instalados; 
    3. quantidade e tipo de indicadores ou avisadores correspondentes a cada circuito e os respectivos locais de instalação; 
    4. quantidade de dispositivos para comandar instalações prediais em cada circuito auxiliar e os
      respectivos locais ou áreas de instalação;
    5. cálculo de tempo de abandono desde o ponto de trabalho e área de perigo até a parte externa da edificação, e diagrama da lógica dos alarmes, sinalizações e dos controles para evitar congestionamento na fuga;
    6. cálculo da bateria para o tempo máximo de supervisão e depois para o alarme de incêndio na maior área supervisionada com todos os sinalizadores e circuitos auxiliares ativados de acordo com a lógica apresentada na alínea 5. Deve ser incluído, no cálculo da capacidade da bateria, a temperatura mínima do ambiente da instalação da bateria e a corrente máxima exigida.

sexta-feira, 15 de março de 2013

Livro: A Segurança Contra Incêndio no Brasil

Excelente livro sobre A Segurança Contra Incêndio no Brasil. Para download gratuito, clique na imagem.

http://www.plural.com.br/imagens/seguranca_contra_incendio.jpg

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Empresas privadas vão reforçar a segurança no RS durante a Copa

Agentes contratados por empresas privadas irão reforçar a segurança do Rio Grande do Sul durante a disputa da Copa do Mundo de 2014. O estado deve receber mais de R$ 1 bilhão do governo federal para o combate e a prevenção de crimes durante o Mundial de futebol, como mostra a reportagem do RBS Notícias.

A qualificação do serviço de inteligência policial foi o item apontado como o mais importante em um seminário realizado em Porto Alegre que discutiu os preparativos da segurança para a Copa. Além disso, será preciso:
  • aprender inglês ou espanhol, 
  • gerenciar tumultos, 
  • controlar fronteiras e 
  • conter a criminalidade atual.
 "Estamos formulando políticas para que tenhamos, de fato, um cenário menos violento na Copa do Mundo", disse Airton Michels, secretário de segurança do Rio Grande do Sul.

O encontro debateu ainda maior participação de empresas de segurança privada. A ideia é que elas atendam estádios e a escolta de delegações.

"Já estamos estudando a qualificação melhor desta segurança privada. Não só dentro do estádio, mas em vários eventos que ocorrem para a Copa do Mundo a segurança privada vai ter uma participação efetiva", disse o Coronel Erlo Pitrosky, coordenador da assessoria de segurança da Copa de 2014.

Se preparar para a Copa significa, também, receber dinheiro do governo federal. A Secretaria Extraordinária de Grandes Eventos deve destinar ao estado R$ 69 milhões para a compra de equipamentos e R$ 1,2 bilhão só para o treinamento de agentes da segurança pública.

O governo diz que as polícias vão ganhar tablets para os carros, rádios com frequência digital, armas não letais, além de um centro de monitoramento interligado com outros estados.

"Eu acredito que é a área que tem mais ganhos, porque ela fica como legado", revelou Kalil Sehbe, coordenador do Comitê Gestor da Copa no Rio Grande do Sul.

A sul-africana Lisa já visitou muito o Brasil como turista. Morou na Inglaterra e vive na capital há 8 anos. Já foi vítima de assalto. Não se diz insegura, mas gostaria de ver mudanças para a Copa.
"Eu acho que seria importante ter um policiamento visível nas ruas, nas cidades", disse a tradutora Lisa Burger.

O Mundial de Atletismo e a Expointer vão ser usados como teste para o sistema de segurança da Copa.

Fonte: G1 26/02/2013 22h52

domingo, 17 de fevereiro de 2013

Falha em segurança contra fogo


Após 41 anos, edifício Andraus falha em segurança contra fogo

Famosos pelos grandes incêndios que comoveram o país na década de 1970, os edifícios Andraus e Joelma, no centro de São Paulo, vivem hoje situações opostas.


No Andraus, há falhas na sinalização e nas portas que evitam a propagação do fogo. Já o Joelma tem equipamentos em ordem e até piso tátil para cegos.

A pedido da Folha, o especialista em prevenção de incêndios Sérgio Ceccarelli percorreu os prédios para verificar o cumprimento das normas de segurança. Regras que, em sua maioria, foram criadas após a repercussão causada justamente pelos dois incêndios.

No Andraus, onde funciona parte da Secretaria Municipal de Finanças, os hidrantes, extintores e saídas dos 32 andares não têm as placas de indicação, que são padronizadas e obrigatórias.

"Na hora do pânico, a pessoa não sabe diferenciar a porta do elevador da porta da escada. Quem vem todo dia até sabe, mas aqui há atendimento ao público, a rotatividade é muito grande", diz.
Mas, para o consultor, o mais grave foi encontrar portas corta-fogo abertas.

"No incêndio do Grande Avenida [em 1981, na av. Paulista] muita gente morreu na escada, pois havia portas abertas que deixaram a fumaça tóxica entrar", lembra Ceccarelli, que trabalha há mais de 20 anos com segurança.

Ele observou que existe um dispositivo de fechamento automático, mas ele só age quando as portas estão encostadas --caso só de algumas.

"Fiquei decepcionado, até pelo histórico do edifício. Poderia estar melhor."
No Joelma, hoje rebatizado de edifício Praça da Bandeira, há sinalização indicando hidrantes, extintores e rotas de fuga nos 15 andares de escritórios --há outros dez apenas com garagens.

A segurança vai até além das normas, como as duas entradas e o pisto tátil, para cegos, na escada de emergência, que foi construída após o incêndio. Nos extintores, além do mostrador de validade, ficam afixados relatórios de manutenção.

(Texto extraído da Folha de São Paulo de 17/02/2013 - 03h31, ANDRÉ MONTEIRO)



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quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

O Sistema de Iluminação e Sinalização de Emergência da Boate Kiss

Considerações a respeito do Sistema de Iluminação e Sinalização de Emergência da Boate Kiss*

A boate Kiss atendia aos requisitos?

Em termos de sinalização de emergência, a boate Kiss até superava os requisitos, pois somente em Porto Alegre se demandam sistemas autônomos de sinalização**. No interior do estado, inclusive em Santa Maria, se admite o uso de sinalização luminofosforescente.

O que ocorreu então?

Verificou-se que pode existir uma falha importante na maneira como estes sistemas são implementados. Isto demandará uma revisão nos princípios de funcionamento adotados atualmente para iluminação de emergência.

Qual foi a falha?

Como o fornecimento de energia elétrica não caiu nos primeiros momentos, a iluminação de emergência, embora existisse, não cumpriu seu papel. As luzes só foram acionadas quando houve a queda de energia, momento em que a fumaça já tomava conta do ambiente.

O que deve ser feito?

É necessário alterar o funcionamento desses dispositivos para que os mesmos sejam acionados não só em caso de falta de luz, mas também se houver obstrução ótica.

Como deve ser o sistema de iluminação de emergência?

O acionamento deve ser em função da obstrução de visão, ou ainda por acionamento manual. Sugere-se como parâmetro que, em grandes ambientes, se deve utilizar luminárias embutidas no piso, com luz de cor amarela de 50 cm em 50 cm marcando todo o caminho até a porta de saída.
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*Texto adaptado do Relatório do CREA, ANÁLISE DO SINISTRO NA BOATE KISS, EM SANTA MARIA, RS
** Sistemas autônomos são aparelhos de iluminação de emergência constituídos de um único invólucro adequado, contendo lâmpadas incandescentes, fluorescentes ou similares e:
     1. fonte de energia com carregador e controles de supervisão; 
     2. sensor de falha na tensão alternada, dispositivo necessário para colocá-lo em funcionamento, no caso de interrupção de alimentação da rede elétrica da concessionária ou na falta de uma iluminação adequada.


terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Boate Kiss: relatório do CREA aponta erros e faz recomendações

   Apresentado na tarde desta segunda-feira (04) o Relatório* produzido pela Comissão de Especialistas em Segurança contra Incêndio formada pelo CREA-RS após a tragédia em boate de Santa Maria, após visita técnica ao local e análise da documentação relativa ao local, apontou uma "série de erros" que levaram ao incêndio que vitimou 237 pessoas na madrugada do dia 27 em Santa Maria.


   De acordo com o documentos, "a análise das informações disponíveis até o momento aponta como causas fundamentais para a ocorrência do incêndio a combinação do uso de material de revestimento acústico inflamável, exposto na zona do palco, associada à realização do show com componentes pirotécnicos".

Entre as causas determinantes da tragédia, conforme apontaram os especialistas, estiveram:
  • a falha no funcionamento dos extintores de incêndio
  • a dificuldade de evacuação
  • a deficiência nas saídas e na iluminação de emergências
  • a falta de um mecanismo para retirar a fumaça
  • a utilização de materiais inadequados, como a espuma emborrachada que queimou e liberou o gás cianeto, que intoxicou a maior parte das vítimas.
  Segundo o presidente do CREA-RS, Eng. Luiz Alcides Capoani, o acidente deve servir para que se evoluam nas regras e legislações que garantam a segurança da população. "Propomos um trabalho conjunto Crea, Bombeiros, governos estaduais e municipais, judiciário, legislativos, universidades, entre outros, que resultem em maior rigor na fiscalização, na especificação dos materiais, na manutenção e inspeção das edificações que sirvam de ferramentas reais na segurança contra incêndio e pânico e no uso correto de nossas edificações, visando dar maior segurança à população", destacou.

   Além de apontar as causas que resultaram na tragédia, a Comissão de Especialistas do CREA-RS também apontou soluções, entre eles, alteração nas normas para materiais de isolamento, modificação na formação de técnicos de prevenção contra incêndio, criação de forças-tarefas em municípios para analisar a legislação, elaborar um código estadual de segurança contra incêndio e pânico, criação de campanha institucional para mostrar a sociedade os riscos, além da criação de um departamento técnico dentro do Corpo dos Bombeiros.

*A íntegra do relatório está disponível na parte superior da coluna da direita desta blog.

(Texto adaptado de CREA-RS)

domingo, 3 de fevereiro de 2013

Obrigatoriedade da sinalização de segurança ILUMINADA


A NBR 13.434 - Parte 1, Sinalização de segurança contra incêndio e pânico - Parte 1: Princípios de projeto, no item 4.1.1.3, estabelece o seguinte:
  • Os recintos destinados a reunião de público sem aclaramento natural ou artificial suficiente para permitir acúmulo de energia no elemento fotoluminescente das sinalizações de saída devem possuir sinalização iluminada com indicação de saída (mensagem escrita e/ou símbolo correspondente), sem prejuízo ao sistema de iluminação de emergência de aclaramento de ambiente, conforme NBR 10.898/99. (grifos meus)
NBR 10.898/99 é a norma da ABNT que fixa as características mínimas exigíveis para as funções a que se destina o sistema de iluminação de emergência a ser instalado em edificações, ou em outras áreas fechadas sem iluminação natural.


quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Dimensionamento de Saídas de Emergência



Vamos exemplificar o dimensionamento de saídas de emergência consideremos o caso da Boate Kiss. Por falta de dados mais precisos, utilizaremos, para os cálculos, alguns valores obtidos em publicações de jornais e revistas.
É importante observar que, além destes cálculos, outras exigências adicionais sobre largura de saídas podem ser necessárias e não foram aqui consideradas. Além disso, a NBR-9077 estabelece uma série de parâmetros para os Acessos, Rampas, Escadas, Guardas e corrimãos, Elevadores de emergência, Áreas de refúgio, entre outros, que também não foram considerados.

Dados da Boate *

  • Área interna = 615m²
  • Lotação prevista = 691 pessoas
  • Saídas de emergência = 1 (!?!)
  • Largura da porta principal = 3m (aprox.)

Definições da Norma


  • NBR 9077, Item 3.54 - Unidade de passagem = Largura mínima para a passagem de uma fila de pessoas, fixada em 0,55 m. Nota: Capacidade de uma unidade de passagem é o número de pessoas que passa por esta unidade em 1 min.
  • NBR 9077, Item 3.44 - População = Número de pessoas para as quais uma edificação, ou parte dela, é projetada.

Características da Boate

  • Tabela 1 - Classificação das edificações quanto à sua ocupação = F6 (Boates e clubes noturnos em geral, salões de baile, ....)
  • Tabela 2 - Classificação das edificações quanto à altura = K (Edificações térreas)
  • Tabela 3 - Classificação das edificações quanto às suas dimensões em planta = P (Sp < 750 m²)
  • Tabela 4 - Classificação das edificações quanto às suas características construtivas = X (Edificações em que a propagação do fogo é fácil) OBS: considerando o revestimento acústico altamente inflamável.

Dimensionamento das saída

Tabela 5 - Dados para o dimensionamento das saídas.
  • F6 => População (aqui a População não foi calculada devido a falta de dados quanto as áreas de sanitários, conforme 4.3.4, que estabelece que exclusivamente para o cálculo da população, as áreas de sanitários nas ocupações E e F são excluídas das áreas de pavimento. (considerou-se 691 pessoas).
  • F6 => Capacidade da Unidade de passagem = 100
Tabela 7 - Número de saídas e tipos de escadas
  • Dimensão = P (área de pavimento ≤ 750 m²)
  • Altura = K
  • Ocupação = F-6
  • Resultado: número mínimo de saídas = 2

NBR 9077, Item 4.4.1.2 A largura das saídas, isto é, dos acessos, escadas, descargas, e outros, é dada pela seguinte fórmula:

N = P/C = 691/100 = 6,91 => 7

Onde:
N = número de unidades de passagem, arredondado para número inteiro
P = população, conforme coeficiente da Tabela 5 do Anexo e critérios das seções 4.3 e 4.4.1.1 **
C = capacidade da unidade de passagem, conforme Tabela 5 do Anexo

São necessárias portanto, 7 Unidades de Passagem. Como visto em DEFINIÇÕES, no item 3.54 da NBR-9077, cada unidade de passagem tem 0,55m, portanto:
  • Resultado: largura total de saídas  = 7x0,55 = 3,85m

Com base nos dois resultados apresentados, tire suas conclusões (!)
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(*)  retirados de publicações da imprensa.
(**) neste caso utilizou-se novamente os dados retirados de publicações da imprensa, ou seja, População = 691 pessoas.

quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Saída de Emergência em Edifícios

Para dirimir qualquer dúvida, é só clicar na imagem.




domingo, 27 de janeiro de 2013

Esteja pronto para uma emergência

Esteja pronto para uma emergência em locais com grande concentração de público

  1. Antes mesmo de adentrar ao local, identifique um ponto de encontro para encontrar-se com seus amigos em caso de ocorrer uma emergência. Pode ser seu carro, um ponto de ônibus, ou mesmo um bar nas redondezas.
  2. Ao entrar no ambiente, identifique imediatamente as saídas de emergência.
  3. Identifique as possíveis rotas de fuga e, se possível, posicione-se próximo a estes locais. Em caso de emergência, elas o levarão para fora mais facilmente. 
  4. Antes de começar a curtir a festa, vá até estas saídas e verifique se estão funcionando. Se estiverem trancadas, acione os responsáveis ou avise o corpo de bombeiros
  5. Em caso de pânico, procure as saídas de emergência, e não o local por onde você entrou. Na maioria dos incêndios as pessoas tentam sair por onde entraram, causando tumulto e  engarrafando estes locais.
  6. Uma vez verificadas as saídas de emergência, de uma olhada no teto e verifique se existe uma tubulação vermelha (sistema de combate à incêndio) e se existem sprinklers (pequenos chuveirinhos) distribuídos nesta tubulação. Os sprinklers são a melhor forma de combate imediato a incêndios. Se existirem, indica que o ambiente possui um sistema automático de combate a incêndio e que oferece alguma segurança. 
  7. Se o ambiente estiver cheio demais, vá embora. Locais onde você mal consegue se movimentar não são seguros. 
  8. Identifique o pessoal da segurança. Veja por onde eles andam, que roupa vestem e como se comportam. Esteja pronto para acioná-los em caso de emergência, passando a maior quantidade de informação a respeito de algo perigoso que você detectar.
  9. Se você perceber que o evento envolve fogos de artifício que serão acionados dentro de um ambiente fechado, considere a ideia de ir embora mais cedo
  10. Em caso de emergência, oriente o pessoal do seu grupo em direção à melhor rota de fuga. 
  11. Não banque o herói. Não tente apagar o fogo. 
  12. Caso a  fumaça aumente muito, procure andar agachado a fim de respirar ar mais limpo. Isso aumentará suas chances de chegar do lado de fora. 
  13. Ao atingir o lado de fora, dirija-se ao ponto de encontro e aguarde a chegada dos demais. Não tente retornar para encontrar alguém que ainda não chegou. Se você retornar, vai acabar aumentando as estatísticas da catástrofe.