segunda-feira, 28 de junho de 2010

CFTV: escolhendo as câmeras

O tipo de filmagem mais popular é a colorida, que resulta em imagens semelhantes às que vemos na TV.

 Considere o uso de câmeras PB se:
  • seu orçamento for limitado;
  • as condições de iluminação forem variáveis;
  • o nível de iluminação for baixo.   

Câmeras Day/Nigth (Dia & Noite) são ideais para filmagem colorida durante o dia e em PB a noite. Utilizam LED infravermelhos para ver durante a noite e permitem a visualização em várias distâncias quando escuro.


 Campo de Visão
Também conhecido ângulo de visão ou ângulo de cobertura, indica que parte de uma dada cena é coberta pela câmera. Três elementos definem o campo de visão:
  • As lentes
  • O Sensor
  • A posição relativa entre ambos.
Quanto menor a lente, maior será o campo de visão, menor a aproximação. Ex: 28mm
Quanto maior a lente, menor o campo de visão, maior a aproximação. Ex: 180mm
  
Pergunte a você mesmo:
  1. A que distância é necessário focar?
  2. Qual a largura da imagem que é necessário filmar?
Após responder a estas questões, faça o cálculo das lentes.


Visibilidade
Quanto a visibilidade de sua instalação, as câmeras podem ser:
  • OSTENSIVAS: câmeras grandes e bem visíveis no ambiente.
  • ESCONDIDAS: câmeras escondidas em algum outro objeto.
 Pergunte a você mesmo:
  1.  Onde serão instaladas as câmeras?
  2.  É necessário que as câmeras sejam imperceptíveis às pessoas presentes no ambiente?

CFTV: gravação

Ao planejar como serão gravadas as imagens de um CFTV considere as seguintes questões:

Quantos dias de gravação você deve manter armazenados?
  • O número de dias está relacionado com a capacidade de armazenamento disponíve e com os procedimentos operacionais adotados no local onde o CFTV está instalado.
Qual a qualidade de imagem desejada?
  • Quanto menor a qualidade das imagens armazenadas menor será o espaço necessário para armazená-las, bem como maior será o número de dias que poderão ser gravados. Este compromisso deve ser estudado com cuidado a fim de não prejudicar uma possível necessidade de investigação futura.
Quantos fps são requeridos?
  • A maioria das câmeras grava imagens a uma taxa de 25 fps (frames per second - quadros por segundo), o que é adequado para a maioria dos casos. Em CFTV costuma-se reduzir esta taxa para cerca de 5-8 fps (forma de gravação conhecida por time-lapse. Em alguns casos este valor chega a 1 fps. Obs: cenas complexas (com muito movimento, muitas pessoas, carros, etc) se enquadram como alvos em velocidades altas.

Capacidade de armazenamento
Na prática, diversas variáveis influem na capacidade de armazenamento. A tabela a seguir apresenta estes fatores e seus valores típicos.

Esta equação pode ser usado para sistemas simples, onde todas as câmeras gravam com o mesmo Tam, FPS e H. Para sistemas mais complexos, a CA deve ser calculada para cada câmera separadamente e os totais resultantes somados.



    CFTV: posicionamento das câmeras

    • Ajuste o Campo de Visão: o posicionamento da câmera deve buscar o ótimo ajuste do Campo de Visão. Jamais posicione uma câmera com base na facilidade de instalação.
    • Considere os efeitos da variação de luz solar ao longo do dia e ao longo das 4 estações do ano.
    • Considere os efeitos produzidos pela vegetação ao longo do  ano e em função do seu crescimento.
    • Considere a possibilidade de vandalismo.

    • Esteja atendo a possibilidade de construção de novos prédios, ou instalação de estruturas temporárias, bloqueando o campo de visão das câmeras.
    • Ao posicionar as câmeras lembre-se que elas deverão ser submetidas à manutenção e limpeza  regularmente.
    • Considere como as câmeras serão alimentadas pela rede elétrica e como estas transmitirão o sinal de vídeo.
    • As câmeras sempre devem estar firmemente fixadas.
    • Onde o objetivo for a identificação, posicione as câmeras na altura média da cabeça de uma pessoa.

    CFTV: objetivos da observação

    • Monitoramento: neste caso a figura observada ocupa cerca de 5% da altura da tela e a cena retratada não é excessivamente desordenada. A partir deste nível de detalhe um observador deve ser capaz de monitorar o número, direção e velocidade de circulação das pessoas, percebendo facilmente sua presença, sem necessidade de procurá-lo.
    • Detecção: figura agora ocupa cerca de 10% da altura da tela disponível. Após alertado, um observador seria capaz de afirmar com um elevado grau de certeza se uma pessoa está presente ou não.
    • Reconhecimento: quando a figura ocupa cerca de 50% da altura da tela pode-se dizer com um elevado grau de certeza se o indivíduo mostrado é o mesmo que o observador tenha visto anteriormente.
    • Identificação: a figura agora ocupa em torno de 120% da altura da tela. A qualidade da imagem e os detalhes devem ser suficientes para que a identidade de um indivíduo seja estabelecida com um bom grau de certeza.

    domingo, 27 de junho de 2010

    Sistema de Iluminação de Emergência (NBR 10.898)

    DEFINIÇÕES

    Iluminação de ambiente ou aclaramento: Iluminação com intensidade suficiente para garantir a saída segura de todas as pessoas do local em caso de emergência.

    Iluminação de balizamento ou de sinalização: Iluminação de sinalização com símbolos e/ou letras que indicam a rota de saída que pode ser utilizada neste momento.

    Iluminação de emergência: Iluminação que deve clarear áreas escuras de passagens, horizontais e verticais, incluindo áreas de trabalho e áreas técnicas de controle de restabelecimento de serviços essenciais e normais, na falta de iluminação normal. A intensidade da iluminação deve ser suficiente para evitar acidentes e garantir a evacuação das pessoas, levando em conta a possível penetração de fumaça nas áreas.


    O sistema de iluminação de emergência deve:

        a) permitir o controle visual das áreas abandonadas para localizar pessoas impedidas de locomover-se;

        b) manter a segurança patrimonial para facilitar a localização de estranhos nas áreas de segurança pelo pessoal da intervenção;

        c) sinalizar inconfundivelmente as rotas de fuga utilizáveis no momento do abandono do local;

        d) sinalizar o topo do prédio para a aviação comercial

    O tempo de funcionamento do sistema de iluminação de emergência deve garantir a segurança pessoal e patrimonial de todas as pessoas na área, até o restabelecimento da iluminação normal, ou até que outras medidas de segurança sejam tomadas.

    No caso do abandono total do edifício, o tempo da iluminação deve incluir, além do tempo previsto para a evacuação, o tempo que o pessoal da intervenção e de segurança necessita para localizar pessoas perdidas ou para terminar o resgate em caso de incêndio.

    Devem ser respeitadas as limitações da visão humana, com referência às condições fisiológicas da visão diurna e noturna e o tempo de adaptação para cada estado. A variação da intensidade de iluminação não pode ser superior ao valor de 20:1.


    Iluminação por sinalização
    A iluminação de sinalização deve assinalar todas as mudanças de direção, obstáculos, saídas, escadas, etc. e não deve ser obstruída por anteparos ou arranjos decorativos. A função da sinalização deve ser assegurada por textos escritos e/ou símbolos gráficos, reflexivos ou luminoso-transparentes.

    Características de um Projeto de SDAI

    CENTRAL DE ALARME
    • Deve ser localizada em áreas de fácil acesso e, sempre que possível, sob vigilância humana constante (por exemplo, portarias principais de edifícios, salas de bombeiros ou segurança, etc.).
    • A área de instalação da central não deve estar próxima a materiais inflamáveis ou tóxicos. A área, quando enclausurada, deve ser ventilada e protegida contra a penetração de gases e fumaça.
    • Deve existir um caminho de abandono até uma área segura fora do prédio, que não pode ser inundada pela fumaça ou pelo calor do fogo e não pode conter materiais inflamáveis ou tóxicos com o aumento da temperatura.
    • A distância máxima a percorrer até área segura não pode ser maior que 25 m.
    • A escolha do local da instalação da central deve permitir a comunicação verbal entre esta e o estacionamento de veículos de combate a incêndio.  
    • A central não deve ser instalada em áreas com risco de fogo ou onde não são assegurados o abandono e acesso por área protegida até área segura.
    PAINEL REPETIDOR
    • Deve ser instalado nos locais onde seja necessária ou conveniente a informação precisa da área ou setor onde ocorre um princípio de incêndio ou defeito do sistema.
    • O local escolhido deve ser suficientemente protegido para evitar a inutilização prematura do painel pela fumaça ou pelo fogo.
    DETECTORES DE TEMPERATURA
    • A área de ação a ser empregada para estes detectores é de 36m2 para uma altura máxima de instalação de 7m. Os tipos mais utilizados são:
      • térmicos: instalados em ambientes onde a ultrapassagem de determinada temperatura indique seguramente um princípio de incêndio;
      • termovelocimétricos: instalados em ambientes onde a rapidez no aumento da temperatura indique inequivocamente um princípio de incêndio.

    ACIONADORES MANUAIS
    • São dispositivos usados para iniciar o alarme de forma manual.
    • Deve ser instalado em locais de maior probabilidade de trânsito de pessoas em caso de emergência, tais como:
      • saídas de áreas de trabalho,
      • areas de lazer,
      • corredores,
      • halls,
      • saídas de emergência.
    • Deve ser instalado a uma altura entre 1,20 m e 1,60 m do piso acabado na forma embutida ou de sobrepor.
    • A distância máxima a ser percorrida, livre de obstáculos, por uma pessoa em qualquer ponto da área protegida até o acionador manual mais próximo não deve ser superior a 16 m e a distância entre os acionadores não deve ultrapassar 30 m. 
    • Na separação vertical, cada andar da edificação deve ter pelo menos 1 (um) acionador manual. 
    CIRCUITOS DE INTERLIGAÇÃO
    • Um circuito de detecção pode alimentar no máximo 20 detectores automáticos ou uma combinação de 20 dispositivos entre detectores automáticos e acionadores manuais. 
    • Isto corresponde a uma área máxima de 1600 m2, supervisionada por uma linha ou laço interligando detectores de fumaça. 

    Sistema de Detecção e Alarme de Incêndio (SDAI)

    Execução de sistemas de detecção e alarme de incêndio (NBR 9441)

    Definições
    • Sistema de detecção e alarme de incêndio (SDAI)
      • Conjunto de equipamentos destinados a gerar um alarme ou uma ação automática de extinção quando um de seus componentes atuar em função da presença de uma das características físico-químicas de um incêndio.
    • Central de alarme
      • Equipamento destinado a processar os sinais provenientes dos circuitos de detecção, a convertê-los em indicações adequadas e a comandar e controlar os demais componentesdo sistema
    • .Painel Repetidor 
      • Equipamento comandado pela central ou pelos detectores, destinado a sinalizar de forma visual e/ou sonora, no local da instalação, ocorrências detectadas pelo sistema. Pode ser do tipo paralelo com os indicadores alinhados e texto escrito, ou do tipo sinótico onde a planta é reproduzida em desenho e a indicação no lugar da área supervisionada.
    • Detector automático de temperatura pontual 
      • Dispositivo destinado a atuar quando a temperatura ambiente ou o gradiente da temperatura ultrapassa um valor predeterminado no ponto da instalação
    • Detector automático de fumaça pontual
      • Dispositivo destinado a atuar quando ocorre presença de partículas e/ou gases, visíveis ou não, e de produtos de combustão, no ponto da instalação.
    • Detector linear
      • Detector destinado a atuar quando ocorre a presença de partículas e/ou gases, visíveis ou não, e de produtos de combustão, ou a variação anormal de temperatura ao longo da linha imaginária de detecção.
    • Acionador manual

      • Dispositivo destinado a transmitir a informação de um princípio de incêndio, quando acionado pelo elemento humano.
    • Avisador
      • Dispositivo previsto para chamar a atenção de todas as pessoas dentro de uma área em perigo, controlado pela central.

    sábado, 26 de junho de 2010

    Fogo

    Triângulo do Fogo
    Combustível
    É todo material que queima. São sólidos, líquidos e gasosos, sendo que os sólidos e os líquidos se transformam primeiramente em gás pelo calor e depois inflamam.
    • Sólidos: Madeira, papel, tecido, algodão, etc.
    • Líquidos:
      • Voláteis – são os que desprendem
        gases inflamáveis à temperatura
        ambiente.
        Ex.:álcool, éter, benzina, etc.
      • Não Voláteis – são os que
        desprendem gases inflamáveis
        à temperaturas maiores do
        que a do ambiente.
        Ex.: óleo, graxa, etc
      • Gasosos
        Ex: butano, propano, etano, etc.
    Comburrente (oxigênio)
    É o elemento ativador do fogo, que se combina com os vapores inflamáveis dos combustíveis, dando vida às chamas e possibilitando a expansão do fogo. Compõe o ar atmosférico na porcentagem de 21%, sendo que o mínimo exigível para sustentar a combustão é de 16%.

    Calor
    É uma forma de energia. É o elemento que dá início ao fogo, é ele que faz o fogo se propagar. Pode ser uma faísca, uma chama ou até um super aquecimento em máquinas e aparelhos energizados.

    Propagação do calor
    O fogo pode se propagar das seguintes formas:
    • Pelo contato da chama em outros combustíveis;
    • Através do deslocamento de partículas incandescentes;
    • Pela ação do calor.
     O calor é uma forma de energia produzida pela combustão ou originada do atrito dos corpos. Ele se propaga por três processos de transmissão:
    • Condução -É a forma pela qual se transmite o calor através do próprio material, de molécula a molécula ou de corpo a corpo.
    • Convecção - É quando o calor se transmite
      através de uma massa de ar aquecida, que se desloca do local em chamas, levando para outros locais quantidade de calor suficiente para que os materiais combustíveis aí existentes atinjam seu ponto de combustão, originando outro foco de fogo.
    • Irradiação - É quando o calor se transmite por ondas caloríficas através do espaço, sem utilizar qualquer meio material.
    Classes de incêndios
    Os incêndios são classificados de acordo com as características dos seus combustíveis. Somente com o conhecimento da natureza do material que está se queimando, pode-se descobrir o melhor método para uma extinção rápida e segura.
    A - MADEIRA, PAPEL E ALGODÃO
    B - LÍQUIDOS INFLAMÁVEIS
    C - EQUIPAMENTOS ELÉTRICOS ENERGIZADOS
    D - OUTRAS CLASSES NÃO COMUNS
     Métodos de extinção do fogo
    • Isolamento
    • Abafamento
    • Resfriamento

     Reação em cadeia
      • Os combustíveis, após iniciarem a combustão, geram mais calor. Esse calor provoca o desprendimento de mais gases ou vapores combustíveis, desenvolvendo uma transformação em
        cadeia ou reação em cadeia, que, em resumo, é o produto de uma transformação gerando outra transformação

        Extinção da reação em cadeia (extinção Química)  - Este método consiste no seguinte: o combustível, sob ação do calor, gera gases ou vapores que, ao se combinarem com o comburente, formam uma mistura inflamável. Quando lançamos determinados agentes extintores ao fogo, suas moléculas se dissociam pela ação do calor e se combinam com a mistura inflamável (gás ou vapor mais comburente), formando outra mistura não–inflamável.


      Biometria

      Vantagens e Desvantagens de cada Método
      Fonte: Biometria - Medidas de Segurança; Douglas Vigliazzi; Visual Books; ISBN: 8575021915; 2006

      Requerimentos Biométricos
       Fonte: Biometria - Medidas de Segurança; Douglas Vigliazzi; Visual Books; ISBN: 8575021915; 2006

      Sistema de Controle de Acesso (SCA)

      ►Controlam o acesso de PESSOAS ou VEÍCULOS em ambientes corporativos, prediais ou residenciais.
      O controle de acesso é normalmente visto como o “segundo nível” de um sistema de segurança.
      ►Utilizam DISPOSITIVOS DE IDENTIFICAÇÃO associados a BARREIRAS que podem ser constituídas de:
      • Guardas,
      • Recepcionistas,
      • Portas,
      • Catracas,
      • Cancelas,...
      ...possibilitando o controle de acessos desde a entrada do edifício ou garagem, até ambientes específicos como salas de reunião, almoxarifados, refeitórios, salas de entretenimento, etc.

      ►Os DISPOSITIVOS DE IDENTIFICAÇÃO podem ser desde simples teclados de senhas até sofisticados leitores biométricos de íris, ou mesmo dispositivos de reconhecimento de voz ou de face.


      ►UNIDADES DE CONTROLE, constituídas por conjuntos de hardware e software, tem a função de armazenar todas as configurações do sistema e permitir ou não os acessos, baseadas nas informações sobre quais usuários podem acessar, quais áreas, em que datas e horários.

      ►ACESSO FÍSICO
      • Na segurança física, o termo “controle de acesso” refere-se à prática de restringir a entrada em uma propriedade, em um edifício, ou em uma sala, somente às pessoas autorizadas.
      • O controle de acesso pode ser alcançado através do emprego de um ser humano (um guarda ou recepcionista), através de meios mecânicos como fechaduras e chaves, ou através de meios tecnológicos, tais como leitoras de cartões, de digitais, etc.
      Controle de acesso físico é uma questão de QUEM, ONDE e QUANDO.
      • Um sistema de controle de acesso determina QUEM tem permissão para entrar ou sair, ONDE eles têm permissão para sair ou entrar, e QUANDO eles são autorizados a entrar ou sair.
      ►Funções adicionais de um SCA
      • Cadastro
      • Cadastro de avisos para mensagens personalizadas, para o funcionário ou visitante.
      • Registra ocorrência por usuário.
      • Autoriza ponto e/ou acesso fora do horário cadastrado.
      • Opções de cadastro:
        • Usuários e grupo de usuários (Funcionários, Visitantes e Terceiros):
        • Empresa, Departamento, endereço, telefone, etc.
        • Número do cartão de acesso, biometria e foto.
        • Horários de acesso e ponto.
        • Dispositivos de controle e seus grupos (Terminal, Catraca e Cancela).
        • Refeitório: controle de crédito por usuário.
        • Veículos autorizados.
        • Contrato. Ex.: Data de validade. 
        • Relatórios 
          • Verificação se determinado funcionário está na empresa; 
          • Relatório de Biometria; 
          • Relatório de Usuários; 
          • Relatório de Eventos; 
          • Lista negra; 
          • Refeitório (quem almoça na empresa); 
          • Presencial (quem entrou, listagem de quem chegou e a que horas); 
          • Por dispositivos de controle (listagem dos funcionários que
            passaram em determinado dispositivos de controles). 
        • Recepção
          • Cadastra visitantes com foto ou biometria; 
          • Associa cartão de acesso ao visitante e responsável; 
          • Define acessos (salas e refeitório) do visitante.

      Cercas Elétricas

      Utilizadas na PROTEÇÃO PERIMETRAL.

      Características:
      • Baixo consumo de energia,
      • Alta confiabilidade,
      • Baixo custo,
      • Manutenção elevada.
      Funcionamento:
      • A central emite pulsos de Alta-Tensão (de 8.000V à 12.000V);
      • Ao tocar a cerca o invasor é atingido por estes pulsos;
      • A central dispara o alarme acionando uma sirene e uma discadora automática.

      Legislação:
      LEI Nº 8553, DE 12 DE JULHO DE 2000
      Dispõe sobre a instalação de cercas energizadas destinadas à proteção de perímetros no Município de Porto Alegre e dá outras providências.
      ...
      Art. 3º Será obrigatória em todas as instalações de cercas energizadas a apresentação de Anotação de Responsabilidade Técnica (ART)
      ...
      Art. 8º Fica obrigatória a instalação de um sistema de aterramento específico para a cerca energizada, não podendo ser utilizado para este fim outro sistema de aterramento existente no imóvel.
      ...
      Art. 10. Os isoladores utilizados no sistema devem ser construídos em material de alta durabilidade, não higroscópico e com capacidade de isolamento mínima de 10 (dez) kV.
      • Parágrafo único. Mesmo na hipótese de utilização de estruturas de apoio ou suporte dos arames da cerca energizada fabricadas em material isolante, fica obrigatória a utilização de isoladores com as características técnicas exigidas no art. 10 desta Lei.
      ...

      Art. 11. Fica obrigatória a instalação, a cada 10 (dez) metros de cerca energizada, de placas de advertência.
      • § 1º Deverão ser colocadas placas de advertência nos portões e/ou portas de acesso existentes ao longo da cerca e em cada mudança de sua direção.
      • § 2º As placas de advertência de que trata o "caput" deste artigo deverão, obrigatoriamente, possuir dimensões mínimas de 10cm (dez centímetros) X 20cm (vinte centímetros) e deverão ter seu texto e símbolos voltados para ambos os lados da cerca.
      • § 3º A cor de fundo das placas de advertência deverá ser, obrigatoriamente, amarela.
      • § 4º O texto mínimo das placas de advertência deverá ser de: CERCA ENERGIZADA, ou CERCA ELETRIFICADA, ou CERCA ELETRÔNICA, ou CERCA ELÉTRICA.
      ...
      Art. 12. Os arames utilizados para condução da corrente elétrica da cerca energizada deverão ser, obrigatoriamente, do tipo liso.
      Parágrafo único. Fica expressamente proibida a utilização de arames farpados ou similares para condução da corrente elétrica da cerca energizada.
      Art. 13. Sempre que a cerca energizada for instalada na parte superior de muros, grades, telas ou outras estruturas similares, a altura mínima do primeiro fio de arame energizado deverá ser de 1,80m (um metro e oitenta centímetros), em relação ao nível do solo da parte externa do imóvel cercado.

      Sensores Ativos

      Utilizados na PROTEÇÃO PERIMETRAL
      • Também conhecidos por "sensores de barreira".
      • Não é necessário (e nem prático) cobrir cada centímetro do prédio com sensores infravermelhos passivos ou de microondas.
      • Sensores ativos são dispositivos compostos por um emissor e um receptor. 
      • O emissor envia um feixe de luz infra-vermelha para o receptor que recebe essa luz. 
      • Quando qualquer objeto ou pessoa cortar esse feixe, o receptor deixa de receber o sinal de luz infra-vermelha do emissor disparando o alarme.

      Recomendações:
      1. Não ultrapasse o alcance máximo.
      2. Instalar o sistema com uma clara linha de visada entre o transmissor e o receptor. Se instalado ao ar livre, certifique-se de árvores, ervas, plantas,etc, não interfiram.
      3. Tenha cuidado ao instalar perto de superfícies reflexivas (isto é, paredes brilhante ou pisos). 
      4. Cuidados devem ser tomados durante o alinhamento para garantir que o feixe não esteja refletindo em alguma superfície.
      5. Não instale os receptores onde estes podem estar sujeitos a uma intensa fonte de luz (ex: nascente ou poente do sol).
      OBS: É importante considerar que, para qualquer propósito, a PROTEÇÃO POR ÁREA deve funcionar como “retaguarda” da PROTEÇÃO PERIMETRAL.

      Sensores com Dupla Tecnologia

      Também conhecidos por “Sensores a Prova de Pequenos Animais” ou “Sensor Pet”.
      • Evitam alarmes falsos causados por pequenos animais.
      • Não devem ser considerados solução para os alarmes falsos. 
      • Dupla tecnologia:
        • Combinam um sensor PIR e um sensor de microondas (MW).
        • Funcionam com base no princípio de que ambos os sensores devem ser acionados simultaneamente.
        • Muito mais considerações devem ser levadas em conta uma vez que são dois sensores que estão sendo instalados. 
      • Utilizados na PROTEÇÃO POR ÁREA.
      • Consumo elevado:
      • Operação com fio.
      • Adequados tanto para uso interno como externo.
      Principal característica: o detector é capaz de distinguir entre sinais causados por humanos e sinais causados por animais domésticos. Isto proporciona imunidade a falsos alarmes enquanto mantém apropriada performance de detecção a alvos humanos.

      Sensores de Microondas (MW)

      Utilizados na PROTEÇÃO POR ÁREA.
      • Detectam a intrusão com base na reflexão de Rádio Frequência (RF) do tipo microondas.
      • Mesmo princípio de funcionamento dos radares:
        • Emitem um sinal e captam seu reflexo.
        • A diferença entre a frequência do sinal emitido e do sinal refletido indica movimento na área protegida pelo sensor.
        • Qualquer tipo de movimento dentro da área protegida alterará a frequência refletida. 
      • As microondas penetram na maioria dos materiais, com exceção dos metais, onde são totalmente refletidas. 
      • Em aplicações de segurança são em geral vendidos em conjunto com sensores infravermelhos. 
      Considerações importantes:
      • Possuem regulagem de sensibilidade.
      • Por estarem sempre emitindo um sinal são considerados sensores do tipo ATIVOS.
      • Funcionamento com fiação.
      • Consomem considerável corrente elétrica. 
      • Fique atento para não ultrapassar o consumo máximo permitido pela central de alarme.
      Problemas mais comuns:
      • O sensor pode ser acionado acidentalmente por:
        • Lâmpadas fluorescentes,
        • Vibração ou objetos em movimento, tais como ventiladores e motores.
        • Se forem instalados em ambientes com paredes muito finas ou com vidro, podem detectar movimento nos ambientes adjacentes.
        • Proximidade de cabos de alta tensão (geram RF),
        • Movimento de água em tubos de descida de calhas ou drenos.
      • Nunca instale dois sensores de MW, que operam em freqüências iguais, no mesmo ambiente.Isto pode causar constantes falsos alarmes.

      Sensores Infravermelhos

      • Utilizados na PROTEÇÃO POR ÁREA.
      • O sensor atua apenas quando detecta movimento.
      • Conhecidos pela sigla PIR (Passive InfraRed).
      • “Passivo” porque não emite nenhum tipo de sinal.
      • Detectam variação de radiação infra-vermelha. 
      • Normalmente empregados para uso interno, exceto o modelo que utiliza dupla tecnologia (infravermelho e microondas) que também, pode ser instalado em áreas semi-abertas.


      Principais problemas/características:
        • Podem também ser acionados por pequenos animais, cortinas e outros objetos pendurados em balanço.
        • Turbulências ou rajadas de vento atingindo diretamente o sensor podem causar variações de temperatura e, em conseqüência, falso alarme.
        • Variações de temperatura podem também causar falso alarme, como por exemplo: áreas atingidas pelo sol, pontos quentes em máquinas, etc.
        • Raios e luzes muito brilhantes também podem acionar o sensor.
        • A sensibilidade do sensor diminui com o aumento de temperatura.
        • Objetos sólidos em geral bloqueiam a visibilidade do sensor.
        • O padrão de cobertura é normalmente modificado por reflexos ou superfícies não muito rígidas tais como plásticos, madeira, isopor, pano, etc.

      Categorias de Proteção de um Sistema de Alarme

      A proteção fornecida por um Sistema de Alarme (SA) pode ser subdividida em três categorias, conforme o tipo de sensor utilizado:

      Proteção Perimetral
      • Constitui-se na primeira linha de defesa.
      • Estatísticas indicam que 80% das invasões acontecem pelas portas, janelas e outras aberturas.
      • Sua maior vantagem é a simplicidade.
      • Os tipos de sensores mais utilizados são os Infravermelhos Ativos e os Magnéticos.
      • Desvantagem: mais fáceis de serem burlados.
      Proteção por Área
      • Constituem-se em apenas uma parte de um sistema global.
      • Devem ser sempre complementados por Proteção Perimetral.
      • Maior vantagem: alta sensibilidade.
      • Desvantagem: grande possibilidade de alarmes falsos.
      Proteção Pontual
      • Proporcionam proteção localizada, restrita a um simples objeto.
      • Este método consiste no estágio final de um profundo sistema de detecção.
      • São utilizados em geral em cofres, ATM, arquivos, objetos de arte,objetos caros, etc.
      • O sensor mais utilizado é o de Vibração.

      Definição de Seg Patr

      • Segurança Patrimonial consiste na redução dos riscos que atuam sobre determinado patrimônio através do planejamento. Este planejamento compreende o entendimento das necessidades de segurança,condições, ameaças, e vulnerabilidades envolvidas.
      • A aplicação de técnicas de Segurança Patrimonial consiste no processo de utilização de camadas físicas de proteção para impedir o acesso não autorizado e danos a um determinado patrimônio
      • A Segurança Patrimonial é apenas parte de um pacote de proteção global.

      Objetivos de um Sistema de Proteção

      Objetivos Primordiais de um Sistemas de Proteção:
      • Evitar que a ameaça se realize;
      • Diminuir os danos causados pela ameaça;
      • Apurar os responsáveis pela ameaça;
      • Permitir a recuperação do que foi perdido/destruído.

      Objetivos Secundários de um Sistemas de Proteção:
      • Entender como a ameaça se tornou realidade;
      • Localizar as falhas do sistema de segurança;
      • Apurar os responsáveis pelas falhas;
      • Indicar as melhorias a serem implementadas.

      Triângulo de Segurança

      O Triângulo de Segurança é formado por três elementos: EVENTO, DETECÇÃO e AÇÃO.
      •  O EVENTO é a concretização da ameaça existente em cada setor da edificação. A ameaça que perpetrará o EVENTO está sempre procurando novas vulnerabilidades, analisando os riscos,verificando procedimentos, testando os sistemas, treinando.
      •  A DETECÇÃO é a forma como o responsável pela segurança identifica o evento, monitorando e supervisionando as condutas. Deve-se constantemente atualizar os sistemas, utilizando novos sensores, novas tecnologias, avaliando novas áreas de detecção e estudando nova filosofia de detecção.
      • A AÇÃO é a resposta pronta e efetiva ao sinistro. A rapidez dessa resposta ditará o nível de operacionalidade dos sistemas implantados. Aquele que age deve estar sempre procurando novas vulnerabilidades, reanalisando os riscos, verificando procedimentos, testando os sistemas, treinando.